PERCEPÇÕES DISCENTES E APRENDIZAGEM NO CONTEXTO DO ERE - ANÁLISE QUALI-QUANTI COMPARATIVA ENTRE ESTUDANTES DE PEDAGOGIA E CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
Palavras-chave:
Cultura digital , Ensino Remoto Emergencial , Aprendizagem , DocênciaResumo
Apresentamos os resultados comparativos de análise quali-quanti (Creswell, 2013) referentes à percepção discente em relação à consistência e eficiência de seu aprendizado durante o Ensino Remoto Emergencial (ERE), assim como sua capacidade de organização e de concentração nos estudos a partir do direcionamento docente nesse processo. Coletamos dados quantitativos (Escala Likert/Devellis, 2016) e qualitativos (entrevistas semiestruturadas/Oevermann, 2001) de estudantes de Pedagogia e Ciência da Computação de
uma Universidade Federal do estado de São Paulo que realizam o ERE entre 2020 e 2021. O objetivo foi compreender, em termos comparativos, a percepção discente sobre o percurso de aprendizagem durante o momento pandêmico e seus impactos sob o contexto da cultura digital (Kenski,2018), cujo imperativo tecno-digital plataformizado (Santaella, 2014/Van Dijck, 2016) intensificou e agudizou as relações mediadas entre docentes e discentes (Adorno, 2000). Em termos gerais concluímos que para estudantes de ambos os cursos, a aprendizagem não ocorreu de modo satisfatório, assim como houve dificuldade de organização e concentração durante o ERE. Contudo, há percepções distintas, entre os cursos, de intensidade em relação ao direcionamento docente. Portanto a pergunta que permanece é: o que tais percepções podem nos informar sobre o percurso de aprendizagem discente e o papel docente no ERE?