“NATIVOS DIGITAIS”: SERÁ? A FALSA INTERPRETAÇÃO QUE LEVA À EXCLUSÃO DIGITAL NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Palavras-chave:
nativos digitais, tecnologias digitais de informação e comunicação, inclusão digital, educação básica, Base Nacional Comum CurricularResumo
Esta reflexão científica teve como objetivo entender se a compreensão da geração Alpha como “nativa digital” (Prensky, 2001), adotada por muitos docentes, gestores e decisores no campo da educação, pode representar uma falsa interpretação que gere – ou amplie – o abismo digital presente na educação básica brasileira, a partir do enfraquecimento dos currículos que desenvolvam competências e habilidades envolvendo a cultura digital. O método empregado para a análise parte de um paradigma interpretativo (Coutinho, 2011), de natureza qualitativa, a partir de uma análise documental e bibliográfica (Sousa; Baptista, 2011; Ludke; André, 1986; Junior et al., 2021). Foi possível concluir, com base no estudo, que há, sim, lacunas na educação básica no que diz respeito ao ensino das e com as tecnologias digitais, o que torna urgente não necessariamente a reformulação dos currículos, mas da sua aplicação, além de uma revisão das práticas em sala. Os estudos futuros devem considerar, então, essa necessidade, de forma que os estudantes sejam, de fato, inseridos naquilo que a contemporaneidade demanda.