CONCEPÇÃO, UTILIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DE OBJETO DE APRENDIZAGEM DIGITAL NO ENSINO DE EFEITOS VISUAIS NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Palavras-chave:
Objetos digitais de aprendizagem, Aprendizagem combinada, Ensino híbrido, Efeitos visuais, Produção audiovisualResumo
A pesquisa de doutoramento intitulada “Ensino de efeitos visuais para produção audiovisual usando objeto de aprendizagem digital” (MASCHIO, 2020), desenvolvida na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa, trata sobre a produção de um objeto de aprendizagem digital para o auxílio à atividade docente, mais especificamente na execução de exercícios práticos para a produção de efeitos visuais em audiovisual. O estudo realiza revisão da literatura sobre o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação na educação, objetos de aprendizagem e aprendizagem combinada (MASCHIO, 2020, p. 23-50). Na investigação, se busca compreender os métodos e procedimentos de design, implementação, avaliação e validação de tais tecnologias para aplicar ao protótipo a ser desenvolvido, tendo sido estudado trinta e quatro diferentes métodos de análise de objetos de aprendizagem, além de extensa bibliografia nacional e internacional (MASCHIO, 2020, p. 63-66). A pesquisa apresenta as etapas de desenvolvimento do protótipo e os desafios enfrentados para sua concretização (MASCHIO, 2020, p. 66-97). Com o O.A. funcional e testado, são demonstrados os procedimentos para seu uso e avaliação (MASCHIO, 2020, p. 51-62). A pesquisa de campo encontra-se relatada e documentada (MASCHIO, 2020, p. 99-126), apresentando os resultados alcançados (MASCHIO, 2020, p. 127-151). Foram utilizados formulários com os alunos participantes da pesquisa para avaliação do protótipo com relação ao seu conceito, relevância e adequação, além do cruzamento e cálculo estatístico utilizando Escala de Diferença Máxima, para a obtenção de seus pontos fontes e fracos e efetivação de aprimoramentos. No mais, foi conduzida análise cega como o auxílio de professores e profissionais da área, sobre os trabalhos práticos desenvolvidos pelos alunos, tendo sido os mesmos subdivididos em 4 grupos, sendo que alguns destes grupos tiveram a ferramenta disponível para auxílio durante o exercício, outros não (grupo controle e teste). Paralelamente, houve também um esforço de pesquisa junto a instituições de ensino de forma a atingir professores da área. Um total de duzentas mensagens de e-mail personalizadas foram enviadas via mala direta para coordenadores de cursos de graduação e tecnológicos (de instituições públicas e privadas) do Brasil e de Portugal, solicitando a divulgação da solicitação de participação na pesquisa através de formulário. A falta contundente de retorno ao convite é discutida, pois de certa forma revela o grau de interesse no auxílio mútuo entre os pares e no interesse da evolução da pesquisa na área. Os dados coletados foram analisados e apresentadas as reflexões e contribuições (MASCHIO, 2020, p. 153-161). Foi possível concluir que o objeto de aprendizagem digital projetado conseguiu atingir seus objetivos e responder às perguntas de pesquisa que o fomentou, tendo sido considerado pelos participantes como útil, motivador e funcional para o auxílio do processo de aprendizagem. A análise cega empreendida não demonstrou diferenças significativas entre os grupos controle e teste na qualidade dos trabalhos executados. Acredita-se que a investigação demonstra sua contribuição ao auxiliar na discussão científica sobre a efetividade pedagógica dos objetos de aprendizagem digitais, criar um destes objetos/software inédito, além de apresentar as metodologias de produção utilizadas. Uma das contribuições que se destaca, se dá na confirmação pela pesquisa bibliográfica e aplicada, de que os O.A. se apresentam como um esforço válido ao processo de ensino, mas sozinho não é suficiente para entregar resultado qualitativo e quantitativo diferenciado na apreensão dos conhecimentos. Outros atores no processo também são relevantes, como o compromisso institucional de implementação destas tecnologias. Mas por fim, de nada vale qualquer esforço por parte do professor ou instituição, sem o interesse e esforço genuíno do aluno.