O PROCESSO FORMATIVO PELA EAD E SUA RELAÇÃO COM A PRÁTICA DE TRABALHO DE EGRESSOS/AS DO POLO UAB/CAMETÁ NA AMAZÔNIA PARAENSE
Palavras-chave:
Educação a Distância, Ensino Superior, Egressos, Polo UABResumo
Esta pesquisa de tese em andamento busca analisar o percurso formativo pela Educação a Distância em nível superior dos egressos(as) do Polo Cametá e sua relação com as possibilidades de acesso ao mundo do trabalho, a partir dos cursos ofertados pela Universidade Aberta do Brasil de Cametá, na região Amazônica, no Estado do Pará. O referencial teórico baseia-se em diferentes autores numa perspectiva marxista como Karl Marx (1982), Frigotto (1995), Kuenzer (1976), Antunes (2020) e Thompson (1981), que ajudam a compreender as relações entre trabalho e educação; além de Daniel Mil (2006) e Belloni (2015), que contribuem para as reflexões sobre a Educação a Distância e seus desdobramentos. A pesquisa segue uma abordagem qualitativa e utiliza como instrumentos a análise documental e a entrevista semiestruturada. Os resultados apontam que os estudos teóricos trazidos a partir de pesquisas realizadas sobre a EaD, bem como as análises dos sujeitos, alertam para a necessidade de creditar à EaD importantes avanços no desenvolvimento do ensino superior, principalmente na região amazônica paraense. A expansão do ensino superior recebe uma valiosa contribuição da EaD, a partir da Universidade Aberta do Brasil (UAB), que reconhece a EaD como mecanismo de políticas públicas para a formação de professores e para a expansão e democratização do ensino superior, destacando o polo de apoio presencial como unidade de descentralização, com vistas a atender às demandas locais por educação pública superior. Pelas análises dos egressos, o Polo de Cametá, através da EaD, possibilitou além do acesso à formação em nível superior, o ingresso no mundo do trabalho, ainda que a lógica mercantilista busque promover e consolidar a universidade-empresa, que faz pesquisa como produto, visando o interesse do mercado.