AFETIVIDADE E MOTIVAÇÃO NA MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA: UM ESTUDO DE CASO EM CURSO NA MODALIDADE A DISTÂNCIA
Palavras-chave:
Afetividade, educação a distância, mediador pedagógico e motivaçãoResumo
Na perspectiva psicogenética walloniana, a afetividade permeia todas as relações entre o aluno-mediador e o objeto do conhecimento. Na Educação a distância, embora haja uma distância espaço-temporal entre mediador e aluno, é possível estabelecer essa relação afetiva. Será a afetividade estabelecida entre aluno-mediador e entre pares que engajará o aluno ao curso e à aprendizagem dos conhecimentos científicos, através da motivação. Nesse artigo, trazemos o recorte de um estudo de caso sobre o Curso de Especialização em Tecnologias em Educação direcionado para professores e gestores da Educação Básica. A partir dos dados coletados através de um questionário aplicado no final do curso, analisamos a relação da afetividade e motivação nas respostas à questão “De que forma a mediação pedagógica do curso contribuiu para o seu desempenho acadêmico”. Essa análise de conteúdo foi realizada através do software Alceste e contou com a devolutiva de 2117 concluintes. Os sentidos presentes no primeiro grupo são: a importância do mediador para a conclusão do curso, as características ou atribuições do mediador para que possa motivar o aluno, o apoio do mediador para que o aluno concluísse a especialização e no segundo grupo, percebeu-se a importância do mediador acompanhar o desempenho do cursista ao longo do curso e as estratégias utilizadas para esse acompanhamento. Concluímos que, a partir dos depoimentos dos alunos, as relações de afeto que foram construídas com o mediador vincularam os alunos ao curso, contribuindo para sua permanência e conclusão. São relatos de como cada cursista se sentiu motivado a permanecer apesar dos percalços, que muitas vezes eram compartilhados com o mediador e com os demais participantes.