Literatura, Ciência Cognitiva e Inteligência Artificial: qualidade de aprendizagem para a investigação literária
Palavras-chave:
Ciência Cognitiva, Inteligência Artificial, Narrativas literárias digitais e não digitaisResumo
Considerando que inteligência já na sua etimologia indica um processo de escolha e que pressupõe também um processo de aprendizagem, a pesquisa foca o trabalho de escritores do século XIX e contemporâneos de obras da era digital e, sobretudo, tenta responder à questão de se é possível, nessa sequência, que computadores possam pensar e, então, contar histórias. Isso torna-se relevante para as questões de leitura poética, de quais são suportes os novos textos poéticos, leitores eletrônicos, textos impressos, mas também, talvez, robôs que contem histórias, como aqueles que jogam xadrez? A pesquisa justifica-se pela reflexão de relações entre a poética nas redes sociais digitais, nos blogues, e a estética clássica de toda uma trajetória da Teoria Literária que, sem dúvida, precisa ser reinventada. O objetivo imediato da pesquisa é buscar as técnicas estéticas dessa poética para responder à hipótese de saber se há um estilo de literatura digital; mais, se há um estilo criado por máquinas poéticas. Fundamenta-se nos estudos de Lucia Santaella e Winfried Nöth sobre Redes Sociais Digitais e sobre autores que trabalham o suporte Livro Digital, como Jorge Luiz Antônio; da Ciência Cognitiva que dá conta dessa nova relação de aprendizagem, como Boden; e da Inteligência Artificial, como John Searle, Roger Schank e Robert Abelson. Propõe metodologia de leituras teóricas sobre obras digitais e não digitais e do reconhecimento de narrativas compostas por programas de computador. Da tipologia das obras, as relações entre uma literatura de invenção, de vanguardistas modernistas e concretistas com a e-poesia, a e-literatura. O que se espera é um panorama da cena literária que parte do século XIX e chega ao século XXI experimentando novas tecnologias.